Descrição
Autor
Leonardo Triandopolis Vieira
Páginas
752
Gênero
Poesia
Formato
Capa Dura
ISBN
9786584634572
O livro “Toda Poesia tem seu fim” é uma obra singular e incomum, apresentando uma proposta que desperta curiosidade e instiga o leitor a mergulhar nas profundezas do universo poético. O autor, um poeta de alma sensível e inquieta, tomou uma decisão surpreendente: não mais escrever poesia. E é por meio desta coletânea de seus trabalhos poéticos que ele nos apresenta sua escolha.
Em “Póstumamente Vivo”, texto que abre o livro e que você pode ler na íntegra abaixo, o autor descreve a poesia como um ser que já se encontra morto, mas que precisa ser mantido vivo através da palavra escrita, seja em papel ou em outro suporte. Escrever poesia é um processo de luto e morte, onde o poeta deve se despir de suas amarras, ser excomungado e tornar-se um pária, para então dar luz à poesia. A poesia é a morte e a morte é a poesia, um paradoxo que apenas os poetas compreendem em sua plenitude.
Quando o autor publicou seu primeiro livro de poemas em 2013, ele não se intitulou como poeta, mas como um proletário, um poema. E após uma década de dedicação à poesia, a musa exigiu-lhe um traspassamento, uma mudança radical que o levou a tomar a decisão de parar de escrever poesia. A coletânea apresentada em “Toda Poesia tem seu fim” é o corpo de todos os exercícios que o autor fez em uma década, reunidos em um único livro.
Essa proposta é única e rara, pois é incomum ver um poeta vivo decidir encerrar sua jornada poética e apresentar essa decisão em uma coletânea de seus trabalhos poéticos. É uma oportunidade única para conhecer a obra desse autor e mergulhar em seu universo poético, entendendo sua relação com a poesia e a morte, que se entrelaçam de forma intensa e profunda.
Quantos poetas decidem parar de publicar poesia ainda vivos? E quantos eventos assim você tem a oportunidade de participar e fazer história na literatura junto?
“… outros ecos podem ser ouvidos nessa poesia que agora chega ao fim: a voz inconfundível de Wally Salomão, aqui dotada de uma dicção e de uma sensibilidade diferentes; as obscenidades à voz alta de Gregório de Matos e Glauco Mattoso; o autocontrole estilístico de João Cabral de Melo Neto… E muitos outros, sempre transfigurados e amalgamados por uma voz poética cheia de frescor.”
Ramiro Giroldo – Escritor e Doutor em Literatura pela USP