Descrição
Autora
Isabelle Jaguszewski
Páginas
112
Gênero
Poesia
Formato
Brochura 14×21
ISBN
9786584634749
ser mulher
é um dom
se entender
mulher
é resistência
Esse livro é um compilado de poemas sobre não pertencer a si mesma. É sobre lutar contra esse afogamento de sentimentos que transbordaram e, então, viraram palavras. Dividido em três partes, as poesias desse livro refletem sobre quanto tempo leva para descobrir como sobreviver em alto mar. Entre o afogamento e o aprender a nadar, engole-se muitas águas. No desespero da sobrevivência, aprende-se coisas inimagináveis. Eu aprendi a escrever e esse livro também é sobre isso.
Esse livro fala de vazio. Não arbitrariamente, Isabelle menciona nas primeiras páginas que este livro é ela. Essencialmente ela. Bom, e o que é o vazio se não um apanhado de restos de nós mesmos? Restos que sangram, ofendem e corroem. A escrita de Isabelle escancara a angústia. Se é verdade que este livro fala de vazio, é verdade também que ele dá notícias do que fazer a partir dele. Mas não sem ele. É ali, onde se vê imersa em restos de angústia que o vazio se torna cúmplice da criação. É aliado com a falta, que o crime da criação acontece. Ah, sempre a falta. É então através da palavra que Isabelle junta seus restos sofridos e inventa: poemas, arte e sobrevivência. Esse livro fala de vazio, mas não só.
Larissa Lima
escritora, psicóloga e psicanalista autora de “as palavras poderiam me adotar” (Editora Patuá, 2022)
VIOLÊNCIA VIOLÊNCIAZINHA
eu desabei na sua frente
tudo o que eu precisava era da sua mão
secando as lágrimas que já escorriam antes de você chegar
eu me senti coibida de viver essa dor
e de escolher como lidar com ela
fui violentada de novo
quando não respeitou meu direito de ficar calada
indivisível como uma célula em repouso