Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, é um romance-invenção que rompe com as convenções literárias, publicado em 1933. A trajetória de Serafim, marcada por paixões e contradições, se desenrola em uma narrativa fragmentada que mistura estilos e gêneros. Incorporando diversos gêneros e estilos, como diário, crônica, poesia, ensaio, paródia, teatro e diversos outros, o romance aprofunda o experimentalismo e a crítica social iniciados em Memórias Sentimentais de João Miramar, utilizando uma linguagem ainda mais radical e irreverente. Essa característica reforça o caráter inovador e experimental do romance, que se propõe a ser um não livro, um antilivro que desconstrói as formas tradicionais de escrita. Reflexo do espírito transgressor do Modernismo, a obra critica a burguesia e a literatura tradicional, destacando-se como marco da literatura brasileira por sua ousadia, renovação estética e liberdade expressiva.