“Lentes”, de AL-Chaer, é uma obra poética que inova ao fundir poesia e cinema, utilizando técnicas de filmagem como metáfora para a experiência de leitura. O livro é estruturado em seções que remetem aos planos cinematográficos, como Plano Geral, Plano Americano, Plano Médio, Plano Próximo e Close, cada um oferecendo uma nova perspectiva. Os poemas, que abordam temas como amor, tempo e condição humana, são interligados e interdependentes. Em vez de categorizar os poemas por gênero, o autor os organiza pelas técnicas de filmagem, convidando o leitor a ser o “diretor” da sua própria leitura. O livro propõe uma interação entre leitor e poema, movendo suas próprias lentes e interpretando os versos. “Lentes” é, assim, uma homenagem ao cinema e à capacidade da poesia de criar imagens e provocar emoções. A obra também conta com um posfácio de Silvana Guimarães, que compara a obra a uma caméra-stylo, destacando a força imagética da poesia de AL-Chaer.

O livro “quando eu for uma pessoa” investiga o cerne da experiência humana, navegando pelas reviravoltas das lutas da vida. Nas páginas desse livro, você encontrará a dor e a paixão da vida em família, o anseio por um futuro melhor e as questões profundas da autodescoberta – o que significa se tornar alguém.  Esses versos nascem das emoções cruas que todos nós experimentamos: a dor da solidão, a tenacidade da esperança e o esforço constante para traçar nosso próprio caminho. Há também paisagens de memórias agridoces, onde os sonhos voam, pintados com imagens vibrantes, incentivando o leitor a alcançar uma vida que transcende o comum.  Mas esta jornada não envolve apenas o destino. É sobre a exploração em si. O leitor encontrará poemas que abordam a própria essência de quem somos, as decisões que tomamos antes dos vinte anos e as experiências que nos moldam, as quais tornam-se espelhos que refletem as nossas vulnerabilidades e aspirações.  Esta coleção de poemas é um convite para embarcar numa exploração partilhada. O leitor deve deixar as palavras pintarem uma tela de emoções, despertando suas próprias introspecções e o inspirando a perseguir seus sonhos. Ao virar as páginas, deve se lembrar de que não está sozinho navegando no belo caos da vida. Aqui, o leitor encontrará um companheiro em verso, uma voz que ressoa com o desejo de crescimento, de conexão e de busca inabalável de encontrar-se a si mesmo.

Cartas de Amor sem Correspondência é uma coletânea de textos poéticos que, de forma livre e sem compromissos com definições e métricas literárias, conta histórias de amores, desamores, mágoas, alegrias, encontros e desencontros. São reflexões que mostram a complexidade de sentimentos contidos nos nossos dramas individuais. Lembranças aparentemente singelas, que tem sua importância diluída pela banalidade da rotina imposta pelo mecânico passar do tempo. Quando visitadas e somadas com cuidado e sem pressa, essas lembranças revelam que essencialmente nos fabricaram e são a forja que nos deu formas, em todos os sentidos.

Uma jornada auto-biográfica que, escrita por um publicitário acostumado com textos simples, diretos e fáceis de ler, reflete um pouco das vidas de todos nós.