Verte Brado
Um médium de psicografia, frustrado com as entidades do além, conta ter usado um potente psicodélico para intensificar a experiência espiritual, porém, acaba vítima de um espírito sofredor à beira da reencarnação, que lhe toma a consciência e transmite um poema absurdo, fantasmagórico, onde as palavras, rompidas e aglutinadas, desdobram-se obscenas em novos significados.
Após tal episódio, o médium, banido do centro espírita onde trabalhou por anos, decide decifrar e publicar o poema por vingança. A partir daí, eventos sobrenaturais passam a persegui-lo e o que parecia mera especulação torna-se caso policial envolvendo charlatanismo religioso, falsidade ideológica e contrabando de sapos alucinógenos.
Verte Brado é um livro híbrido, metamorfo, capaz de transmutar-se em prosa, poesia, grafia, psicografia, bula e dicionário, e seu criador, Leandro Bianchi, é um ser fluido, diáfano, que ora se envolve na trama que ele mesmo arquitetou, ora se dissolve e define, de outro plano, o destino dos seus personagens.